Em um blog post, o Google explica que esses cabos submarinos são da espessura de uma mangueira de água convencional, mas com muitas camadas de proteção para evitar contato com a água. Dentro deles, pode haver centenas de fibras ópticas que transmitem informações que podem chegar a 400 TBps (Terabytes por segundo) cada —é o equivalente ao consumo de streaming simultâneo de 17,5 milhões de pessoas.
Os sinais de luz da fibra óptica passam por tubos da espessura de um fio de cabelo revestidos por material reflexivo. Como a luz não sofre interferências, é possível usar um feixe de fibras pequeno e levar muitas informações ao mesmo tempo, ao contrário do que acontece com cabos elétricos.
A ruptura desses cabos de fibra óptica pode gerar problemas de conexão. Em 2011, um incidente causou lentidão em 20% dos clientes da Net (atual Claro), devido a uma falha num cabo que era responsável por acesso a sites americanos. Na época, o acesso ao Twitter (atual X) e ao Facebook foi comprometido.
No passado, incidentes com cabos submarinos poderiam ser causados por tubarões. Com o tempo, os cabos mais modernos deixaram de ser atrativos para esses peixes. Atualmente, segundo o Google, as piores ameaças são o arrasto de âncora de navios e pesca de arrasto (quando uma rede é puxada por vários barcos para pegar peixes).
No Brasil
Esses cabos chegam ao Brasil pelo litoral: em Fortaleza (CE) há cabos que interligam o país com a Europa, por exemplo. Na Praia Grande (SP) tem o Firmina, um cabo do Google que conecta o país com os Estados Unidos, Argentina e Uruguai.